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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ELE SE SENTE EM CASA?

Paulo orou (Efésios 3:17) para que Cristo habitasse nos corações dos santos. O vocábulo "habitar" é tradução de uma palavra grega composta, formada por duas outras, a primeira tendo o sentido de "viver num lar", e a outra que literalmente significa "para baixo". Paulo orou a fim de que nosso Senhor pudesse viver em nossos corações como Seu lar. Ora, o Senhor já se encontra ali, pelo que o pensamento de Paulo deve ter sido que o Senhor quer sentir-se "em casa" em nossos corações. O tempo verbal fala de uma posição definitiva, enquanto que a palavra que quer dizer "para baixo" fala de permanência. A tradução completa seria: "e assim Cristo se estabeleça finalmente e se sinta completamente à vontade em vossos corações."
Uma coisa é estar na casa de alguém, outra coisa é sentir-se ali completamente à vontade. Nosso Senhor condescende em habitar no coração do pecador salvo pela graça. Que honra é ter tal hóspede em nossos corações. Mas, estamos fazendo-O sentir-se "em casa"? Ele goza de livre acesso a todas as partes de nossa vida interior, ou está impedido por nós disto ou daquilo? É Ele nosso companheiro constante ou em certas ocasiões ficamos ocupados com pessoas ou coisas que sentimos não serem coerentes com nossa comunhão com Ele? É Ele o Senhor de nossas vidas, o Hóspede convidado a ocupar o trono de nos¬sos corações? Muitos têm procurado fazer de Jesus Senhor de suas vidas, mas têm falhado, porque tentam-no com suas próprias forças. Ninguém pode chamar Jesus de seu Senhor senão pelo Espírito Santo. Eis porque Paulo orou para que pudéssemos ser fortalecidos com poder, pelo Espírito Santo, a fim de que Cristo pudesse estabelecer-se finalmente e se sentir completamente à vontade em nossos corações. O segredo da Soberania de Jesus em nós é o desejo que o Espírito Santo O faça Senhor de nossas vidas, e a confiança no Espírito de que Ele realizará isso por nós.

LEITURA PÚBLICA DA BÍBLIA EM 72 HORAS


1 – Formação de Equipes:
>Equipes com 10 pessoas – Sendo que 8 para realizar da leitura, 1 para regular a hora e outro para cuidar da ordem; - Esta equipe abrangerá 2 horas de leitura;
>Pode ser feita equipes de 8 pessoas: Sendo que 6 para realizar da leitura, 1 para regular a hora e outro para cuidar da ordem; - Esta equipe abrangerá 1 hora e meia de leitura;
>Pode ser feita equipes de 6 pessoas: Sendo que 4 para realizar da leitura, 1 para regular a hora e outro para cuidar da ordem; - Esta equipe abrangerá 1 hora de leitura;

2 – Tempo de Leitura:
> Cada elemento dos leitores – fará uma leitura de 15 minutos (esta leitura terá que abrange no mínimo 4 páginas e ¼ de página – isto para fazer parte da equipe de leitores).
> Observações:
(1) O leitor deverá ser testado antes, para ser aprovado, precisa de uma boa dicção, leitura rápida e sem atropelos;
(2) Se a pessoa não se enquadra nestas condições de leitura 4 páginas e ¼ de página em 15 minutos, não poderá fazer parte da equipe de leitor, pode fazer parte da equipe como regulador de horário ou cuidar da ordem.
(3) A Bíblia usada para fazer o teste de leitura deverá ser a Bíblia Revista e Atualizada, 2ª Edição da Sociedade Bíblica do Brasil;
(4) A leitura pública da Bíblia será realizada com a Bíblia Revista e Atualizada, 2ª Edição, em Letras Gigantes da Sociedade Bíblica do Brasil.

3 – Controle do Horário:
> Quando chegar em 14 minutos em que o leitor estiver fazendo a leitura, o regulador do horário dará um toque em uma campanhinha e o outro leitor se aproxima e fica ao lado do que estar lendo (que deverá estar apontando o ponto onde está lendo).
> Quando completar os 15 minutos o regulador do horário dá um segundo toque na campanhinha e o outro leitor continua a leitura.
> Observações:
(1) As equipes deverão estar no local da leitura pública no seu horário estipulado;
(2) As equipes completas deverão sempre chegar meia hora antes de iniciar suas funções;

4 – Material Necessário:
> 2 Bíblias Revista e Atualizada, 2ª Edição, em Letras Gigantes da Sociedade Bíblica do Brasil. Sendo uma como reserva e outra para a leitura;
> Equipe de Som Completo: 2 microfones; 2 Pedestais; caixa de som, com amplificador e mesa de som; caixa de som amplificada (reserva);
> Um Púlpito, ou suporte de Bíblia;
> Mesa pequena;
> Barraca para proteção de sol e chuva;
> 10 Cadeiras para as equipes ou um banco de Igreja;
> Garrafas Térmicas: (1) água; (2) Café; (3) Chá;
> Copos descartáveis pequenos (café e chá) e grandes (água)
> Lanches: Biscoitos ou cada equipe trará o seu lanche (responsabilidade de quem cuida da ordem);
> Campanhinha;

5 – Horário:
>Início: Quinta-feira às 06h00min.
> Término: Domingo às 06h00min.

DIZENDO NÃO AS COISAS BOAS E SIM AS EXCELENTES


Li certa vez esta frase acima em um boletim teológico o qual sempre me chamou atenção e me trouxe motivo de reflexão.
Dizer não para as coisas ruins é fácil; porém o difícil é ter visão ampla para entender que nem sempre aquilo que é o bom é o melhor. Se a coisa for boa, as pessoas não admitirão o fato de você recusar. Não queira ser um super-homem e rejeite-as em função daquilo que é mais excelente. Esta é uma questão de visão.
Há muita coisa boa por ai e não só de aparência, mas existe além da boa alguma coisa excelente e é preciso ter visão, ter inteira dependência de Deus para ver o melhor.
Você recebe uma proposta boa para morar em uma outra cidade com garantia de emprego e moradia, isto é bom, mas pode ser que na sua própria cidade seja melhor, pois o custo de vida seja menor a qualidade de vida melhor o emprego fixo e garantido; o problema é que muitas vezes perdemos a visão do melhor e começamos a pensar que o melhor é lá na frente e depois de tomada de decisões vimos que o melhor ficou para trás, restou o bom, mas, perdemos o melhor.
É bom trabalharmos na Igreja, mas o melhor é trabalhar com aquilo em que sabemos que temos o dom de Deus e talento específico, pois com certeza a obra funcionará melhor. É a idéia do Corpo, cada um com sua especificação e função e todos importantes para o Reino de Deus.
É bom ministrar como professor da EBD, mas o melhor seria ministrar o Louvor, pois você tem talento e dom específico para isso. É preciso ter visão, ter certeza do seu chamado da sua vocação do dom que você tem. Pois senão iremos tomar decisões com base no “eu acho” e não com certeza e aprovação divina. Você pode “achar” que o melhor para você seria recepcionar na Igreja, enquanto Deus te preparou para ser professor de crianças. Você pode fazer o bom mas o melhor ficou de lado. É preciso ter visão para dizer não as coisas boas e sim para as excelentes.
Busquemos a Deus para tomada das nas nossas decisões!
Rev.Laudemiro

A Contextualização da Linguagem


Um dia desses, recebi um convite para fazer uma coisa que nunca fiz: pregar quatro dias numa congregação humilde, incrustada numa comunidade de agricultores, no sertão do Ceará.
Escolhi textos, selecionei ilustrações e escrevi o esboço com alguns comentários. Depois, lembrei de que o pastor me dissera que a comunidade era praticamente analfabeta, e rumei para casa de Hermenegildo para pedir ajuda.
Mené coçou a cabeça e comentou com ar de dúvida:
– Pastô, num sei se posso lhe ajudar, não. Faz muito tempo que saí do sertão e num sei se me “alembro” da “falação” de matu-to. Mas, Zé da Lua, meu primo de Catolé, tá aqui e pode ser que ele lhe ajude.
Mené foi lá dentro e voltou com um sertanejo parecido com e-le, mais ou menos da mesma idade. Era mais alto, bem mais ma-gro, e andava assim meio encurvado (carregando a seca nas cos-tas), rodando um chapéu de palha nas mãos e saltando os olhos desconfiados de um lado para o outro.
O Zé concordou em ser meu “assessor lingüistico”, meu “aju-dante de palavrório” (como diria Hermenegildo) ou meu “professor de matutice” (como talvez dissesse o próprio Zé), e assim que co-mecei a ler ele me interrompeu.
– Vosmicê me adisculpe, mas vô preguntá torto pro sinhô me arrespondê direito: Voismicê vai lê esse papé pru lá?... Eu num sei não... Mas acho mió o sinhô num levá nada pra lê...
– Por que? – perguntei surpreso.
– Pru nada... Mas nos “comiço” de Catolé, nós da roça já se arresolveu: im “cadidato” que lê papé no palanque, nós num vota.
A primeira coisa que discutimos foi sobre a Parábola do Rico Insensato. Zé da Lua me falou:
– “Seu pastô me adisculpe a inguinorança, mas o que é ‘parábla’”?
Tentei explicar da melhor forma possível.
– Tá muito certo, “seu pastô, mas acho mió vosmicê entrá di-reto no assunto, pru lá. Vá chamando logo de “histora” que esse tá de “parábla”, nós num assunta o que é, não. E me adisculpe de novo, seu “pastô”. Eu sô mais véio e volu lhe dá um conseio: num vá cheio de pabulage e palavreado “delfícil” não, que vosmicê num arruma muita coisa. Nos comiço de Catolé, nós tomém arresolvemos num votá im candidato que fala “delfícil”. Sabe pru que? Nós adiscubrimos que “candidato que nós num intende é candidato que num intende nós.”
Substituí “Parábola” por “História” e continuamos a tradução do sermão e da Bíblia para o idioma roceiro de Catolé (espero que seja o mesmo idioma falado em Macambira – onde vou pregar). Depois discutimos o significado da palavra insensato, coisa que, para minha surpresa, nem mesmo Mené sabia direito, a “Parábola do Rico Insensato” tinha se transformado em a “História do Fazendeiro ‘Alesado’”.
Zé da Lua achou que assim o pessoal poderia entender me-lhor mas Hermenegildo estava meio encabulado:
– Pastor, eu não sei não. Eu conheço o senhor, sei que o se-nhor é um servo de Deus, mas acho que o senhor tá “ijagerando”.
Tentei explicar a Hermenegildo o que é uma tradução dinâmica e, de repente, Zé da Lua me interrompeu.
– Vosmicê me adisculpe “astra” vez, seu pastô, mas o sinhó faz rima?
– Faço não. Por que?
– Pru nada... Se fizesse... sumana passada apareceu lá um homem arrecitando uns velsos que todo mundo ficou assim oian-do... E safona, o sinhô toca?
– Toco não.
– E viola?
– Também não. Por que?
– Pru nada... Se tocasse.... Quando aparece cantadô pru lá... cada velso!... cada musga... Vilge... num tem quem assossegue!... Se vosmicê “botasse os velso que vosmicê num faz na sanfona que vosmicê num toca”, eu agaranto que todo mundo lá entrava “na lei”.
Gradativamente, com auxílio do “cinzel” de Zé da lua, meu material escrito foi se modificando, e mudando de lugar. Deixou as linhas frias e simétricas da cidade e foi tomando formas arredondadas, mais primitivas e campestres. Uma espécie de escultura às avessas.
Fui adaptando todo o meu material ilustrativo ao universo de Zé da Lua, dando-lhe motivos campesinos ou de cidades peque-nas de interior. Um interessante conto de Alphonse Daudet, “A morte do Delfim”, transformou-se na “Morte do Filho do Coronel”. Os personagens burgueses de Tchecov transformaram-se em “Coronel Tonho”, “Mané da Bodega”, “Doutor Inácio” ou outros fazendeiros, comerciantes, médicos, conhecidos de Zé da lua. Transformei reis em prefeitos e generais em delegados. As histórias de guerras e heróis foram transformadas em histórias de cangaço, onde os cangaceiros (ao sabor da opinião de Zé da Lua) eram heróis ou bandidos.
O mais difícil, porém, continuava sendo o trabalho de exege-se. Como é que o pessoal de Macambira iria entender um texto como “o amor de Cristo me constrange”? Curiosamente, Hermenegildo pensava que sabia.
– É fácil, pastor. O amor de Cristo me “alumia” a alma, enche o coração.
Expliquei a Hermenegildo que o sentido não era bem esse e, depois de um bom pedaço de tempo, chegamos a duas tradu-ções. Descartei a primeira, “o amor de Cristo me avexa” por achar que a urgência não faz parte da palavra em jogo e aceitei a segunda (tradução completa de Zé da Lua) “o amor de Cristo me aperreia”.
Depois de um bom período de trabalho conjunto em cima de versículos, idéias e ilustrações, faltava apenas a “Parábola do Fariseu e do Publicano”.
– Valha-me Nossa Sinhora! – exclamou Zé da Lua – Que dia-cho é isso, seu pastô?
Expliquei que fariseu era aquele sujeito que rezava muito, vi-via o tempo todo na igreja...
– De pé de padre? Perguntou Zé da Lua.
– De pé de padre. – confirmei eu.
...mas só olhava os defeitos dos outros. Queria endireitar os outros, não se endireitava, e ainda achava que só ele era o certo e o santo.
E publicano? – perguntou bem certinho Zé da Lua.
– Você não sabe o que é? – perguntei um tanto desnecessariamente.
– Nunca ouvi falar... mas só se for o “capiroto” o “demo”.
Sorri da idéia de Zé da Lua e expliquei que publicano era um homem comum, como os outros, mas que todo mundo o chamava de traidor...
– Traidô pru que?
– Porque ele cobrava dinheiro para os estrangeiros e ainda recebia suborno. Gorgeta... Bola!... Você sabe o que é?
Zé da Lua sabia.
Pensei que fosse praticamente impossível encontrar tipos correspondentes no universo de Zé da Lua, quando este me exclamou, visivelmente feliz:
– Se pastô, aparece que já assuntei.
E sob os olhares enviesados de Hermenegildo, a “Parábola do Publicano e do Fariseu” transformou-se em:
– “A ‘História’ do ‘Fiscá’ e do ‘São-cristão’”* (sacristão).

NOTA: Este texto é uma porção de uma série sobre contextualização, compartilhada no 5o Encontro da SETE/NE (Sociedade dos Estudantes de Teologia Evangélica)em Fortaleza-CE, pelo seu autor, Pr. Marcos Monteiro.

Transcrito pelo Rev.Laudemiro Pereira de Barros

sábado, 8 de novembro de 2008

MILAGRE NO DESERTO

Após anos de seca, o deserto floresce
O deserto de Atacama, no Chile, é o lugar mais seco do mundo, pois a pluviosidade média anual é nula. No entanto, no mínimo de cinco em cinco anos, ocorre algo que se assemelha a um milagre.
"Era como entrar no paraíso", escreveu uma visitante britânica,Gill Ross, que observou o que as chuvas trouxeram ao Atacama, em 1988. Descreveu então "as belas e frágeis flores de cores brilhantes num conjunto gigantesco, como se Deus tivesse atirado ao vento enormes quantidades de sementes".
No ano seguinte, outro dos menos férteis recantos do mundo, o ressequido lago Eyre, no centro da Austrália, onde as temperaturas chegam aos 54°C no verão, cobriu-se de flores. Chuvas torrenciais em abril e maio encheram o lago, e o prado deserto que o enfeitava ficou enfeitado.
Essas flores nascem de milhões de sementes que jazem na areia desde o último florescimento do deserto. Como elas podem suportar as duras condições a que estão submetidas?
A resposta encontra-se na duração do seu ciclo de vida e em sua natureza. Enquanto em climas temperados as plantas levam meses para crescer, florir e produzir semente, essas plantas "efêmeras" do deserto fazem-no em duas semanas. As sementes não germinarão enquanto não estiverem saturadas de água, o que só acontece depois de chuvas fortes. Caso contrário, permanecem intactas em seus invólucros, que as protegem da seca por até 25 anos. Quando a chuva volta, traz cor ao deserto, mas apenas por breves semanas.
As sementes de certas plantas dessas regiões áridas reagem a diferentes quantidades de água, de modo que não germinam todas ao mesmo tempo: algumas ficam como reserva. Quase todas essas plantas aparentemente mágicas têm flores grandes e brilhantes que atraem os insetos polinizadores, tendo assim boas probabilidades de serem fertilizadas e de originarem outra geração.
Também o deserto de Mojave, perto de Los Angeles, recebe por ano menos de 270mm de chuva, mas as flores sobrevivem.
Isto sim é um verdadeiro milagre da natureza. E um verdadeiro espetáculo para os olhos humanos.
Extraído de Reader's Digest